Órgão de defesa do consumidor garante que trabalha para reparar prejuízos dos clientes
Rio – O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Gladson Alves dos Santos, o ‘Faraó dos Bitcoins’, e de todos os administradores das empresas envolvidas em um suposto esquema criminoso de comercialização de criptomoedas em Cabo Frio. O Procon Estadual do Rio de Janeiro (Procon-RJ), autor do pedido contra a Gas Consultoria & Tecnologia e outros 43 réus, entre pessoas físicas e jurídicas, recebeu a decisão nesta segunda-feira (10).
A ação civil pública apresentada pelo Procon-RJ contra a GAS busca assegurar e garantir que os consumidores tenham seus direitos preservados e consigam reaver os investimentos feitos na empresa. O empreendimento prometia aos clientes um retorno de 10% nos valores aportados. Desde que o caso foi revelado, Gladson, que estaria à frente do suposto esquema de pirâmide financeira, passou a ser chamado de Faraó dos Bitcoins.
O pedido de tutela de urgência foi solicitado para evitar que gestores da GAS continuem exercendo o controle e administração, gerando ainda mais prejuízos aos consumidores.
Cássio Coelho, presidente do Procon-RJ, declara que a decisão favorável está embasada em farta documentação comprobatória apresentada no processo. Ele complementa dizendo que a autarquia vai seguir trabalhando intensamente para reaver os valores e reparar os prejuízos sofridos pelos consumidores que foram lesados.
“O consumidor precisa ficar muito atento para não cair em golpes e desconfiar de empresas que prometem lucros muito acima dos praticados no mercado. O que parece ser uma vantagem pode acabar se tornando um grande prejuízo” alertou o presidente.
O Procon-RJ também investiga outras quatro empresas de investimentos e criptoativos. GJD, Spartacus, MSK e Autibank que tiveram denúncias e reclamações de consumidores de prometerem um valor mensal de rendimentos e não cumprirem. Alguns clientes denunciaram que não receberam o repasse dos rendimentos, nem os valores investidos. Os processos administrativos já estão em curso.
O DIA tentou contato com representantes das empresas e o espaço está aberto para manifestação.